quarta-feira, 4 de junho de 2008

O petróleo: um ouro negro

Vivemos numa sociedade que vive de uma economia baseada no petróleo, substância que faz hoje parte do nosso dia-a-dia, presente nos mais variados objectos. A descoberta do poder combustível do petróleo revolucionou a indústria, permitiu o desenvolvimento dos transportes, a criação de materiais como o plástico e muitos outros luxos. Mas será que este ouro negro é um verdadeiro tesouro?

Por um lado, o petróleo e derivados são, até ao momento, dos combustíveis mais rentáveis no mercado a preço mais acessível. Fontes de energia alternativas, como motores a hidrogénio, em breve substituirão o petróleo, mas estas nunca poderiam ter sido criadas, se em primeiro lugar não se tivesse usado o petróleo para as desenvolver. Os próprios constituintes destes motores, utilizam petróleo no seu fabrico.

Contudo, a queima de petróleo, liberta alguns resíduos, nomeadamente o dióxido de carbono, que, de acordo com a teoria do aquecimento global, prejudicará a camada de ozono e agirá como efeito de estufa, alterando o clima mundial e prejudicando a Biosfera (derretimento de placas de elo polares e uniformização das estações do ano corroboram esta teoria). O petróleo, sendo fóssil, ainda tem outra desvantagem: a durabilidade das suas reservas, que estimam esgotar-se nos próximos cinquenta anos. O processo de formação do petróleo dura milhares de anos, muito mais que o tempo de vida de uma geração humana.

O petróleo foi de facto um importante impulsionador industrial, mas, devido às desvantagens, deve ser utilizado, mais do que nunca, com moderação e, quanto antes possível, ser substituído por fontes de energia alternativas, para que não se esgote este recurso e para manter estável a economia global. O petróleo é assim um ouro negro: enriqueceu a indústria, mas ameaça o ambiente e a economia que criou.