sexta-feira, 30 de maio de 2008

A falta de liberdade na sociedade ocidental

A liberdade é, sem dúvida, um direito fundamental do ser humano, tal como de todos os seres vivos. A liberdade é, ou diz-se ser a base de todo o sistema social moderno. Contudo, somos diariamente bombardeados publicidade desleal, propagandas políticas, a moda, etc. Perdemos então, por vezes, a noção da nossa liberdade e mesmo a liberdade.

A industrialização da sociedade levou ao consumismo. O comércio e a indústria não são, de todo, coisas negativas. Pelo contrário, graças a estas áreas, deixou-se de viver apenas da agricultura, em que se trabalhava arduamente para poder sobreviver. Infelizmente, graças aos mais egoístas, assiste-se a um bombardeamento diário de publicidade nas nossas vidas, que em vez de promoverem o produto de forma correcta, tentam transmitir mensagens secundárias que visam criar no consumidor uma ideia preestabelecida. Através de frases chave, anúncios rápidos e abundantes e de testemunhos pagos, tenta-se fazer com que o consumidor não pense nas qualidades do produto, mas sim induzir uma falsa necessidade de consumo do mesmo.

Assim se criou a cultura das marcas, que por serem “fixes”, “jovens”, “glamorosas”, “de bom gosto”, e de bom nome, são “necessárias” ao ser humano para ser aceite na sociedade. Isto é falta de liberdade, ora vejamos: para podermos agir livremente, temos de pensar por nós próprios as ideias ou criticar as ideias alheias, para então decidirmos o melhor a fazer. O consumismo social é uma verdadeira ditadura: não só, ardilosamente, levando alguns a agir sem pensar, como obriga os que pensam a agir de forma condicionada para não serem excluídos. É inegável a descriminação que muitos sofrem devido a não usarem marcas conhecidas, começando pelos mais novos, que estão mais vulneráveis a todo este “bombardeamento”.

O mesmo se passa na política. Por exemplo, geralmente, um cartaz político é constituído pela cara do candidato, um “slogan”, o logótipo do partido e uma bela imagem de fundo. Estes cartazes impõem uma imagem, mas não explicam as ideias e ideais do candidato. Aliás, raramente são transmitidas estas informações, verdadeiramente cruciais à ponderação do voto.

Esta ponderação, em qualquer dos casos, é a definição de livre arbítrio: poder pensar livremente, o que implica termos as bases correctas para o pensamento, para depois então se poder agir livremente. A consciência das coisas é algo de fundamental para sermos livres. É preciso educar os mais novos neste sentido, para serem verdadeiramente livres, “para não desaprendam a voar”.

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