sexta-feira, 30 de maio de 2008

Notas da entrevista com a Professora Inês Moreira

1961 e 1974

Professora Maria Inês Costa Moreira

regresso: 1975, Janeiro de Luanda

A guerra só afectou directamente Luanda após o 25 de Abril
"quando os brancos saissem, não precisavam de trabalhar"
alimentos condicionados, recolhimento obrigatório, descriminação dos portugueses

descursos em português diferentes de kimbundo
portugal, "evolução"
"nativos": portugueses = negativo

nunca deu por racismos, "sempre brinquei com negros"
brincavam com outras crianças negras e brancas
comiam juntos várias vezes, era convidade por outras crianças
"nunca senti o racismo"

diferente tipo de vida em angola, mais convivencia, fins-de-semana sociais

após o 25 de abril, reinava sentimento de medo. Não havia menos confiança própriamente, mas as pessoas não deichavam as crianças brincar na rua, por exemplo"


final de janeiro, mais confrontos
passagem de ano 74-75, houve tiroteio
passado uma hora, acalmou e a festa continua
"as pessoas eram mais amigas" (talfez "Falta de família?", pois "família = amigos")

"eles é que incitavam a revolta, não eram as pessoas que a sentiam"
"eles": Agostinho Neto (MPLA), Holden roberto (FNLA), Jonas Savimbi (UNITA - Movimento do Galo Negro)
apoios da
MPLA - apoiado pela união soviética (comunistas não declarados)
Jonas Savimbi - apoiado pela africa do sul?

problema de angola, interesses e riquesa do país




Dificuldades:

adaptação ao clima, na escola chamavam "retornada", miudos atacavam "substituir empregos aos pais", => isolação

"viemos com a ropa que tinhamos no corpo e com a mala" "viemos com intenção de voltar" " a situação piorava de dia para dia/ o meu pai estava a fazer um curso na Boing" "Fechamos a porta como se viessemos de férias."

"houveram pessoas que ficavam semans a espera de vaga no avião para cá"

"a casa ainda ficou em nosso nome" (nova, nunca chegou a viver) (forma de livro aberto, baloiços escorrega)

"arrajavam durante o recolher obrigatório"

tia diz qe hoje está completamente destruido, tacos arreancados para fazer lumes

pai foi para lá com 20 anos, facilidade me trazer coisa para cá com antecedência, mas acreditava que conseguiria viver lá

mandou apenas trazer o carro, conseguiu numa altura mais calma

dormiam no chão qd chegaram ao Montijo (estante, tijolos e uma tábua)

não tiveram nada até o pai conseguir arranjar emprego, ajuda possível de familiares

separou dos pais e irmã qdo chegaram (pela 1ª vez) e ficou no Montijo com primos da mãe, equanto a familia ficou no alentejo, para poder estudar

só se juntou à família quando as aulas terminaram

pai regressa em agosto da América, e acabou por não vir por conselho das pessoas que estavam lá (bastate má), como estudava no Montijo, ficaram a viver no Montijo






Educação:

em angola ia muito mais à frentge na matéria do que cá
muitas aulas práticas (mais dificuldade nos testes), mais dirigido para a parte experimental (cá, tudo teórico)
(confusão cá pelo pós revolução)
na primaria, aulas unissexo

turmas nocturnas, unissexo

irmã internada no hospital

hangar, trabalhavam negros e bancos

não havia Apartheid





Agora:
reconstrução das estradas
segurança maior
péssima saúde e educação restricta

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