Viriato é um dos heróis mencionados tanto n’”Os Lusíadas” como na “Mensagem”. Historicamente, foi um pastor e líder lusitano que durante a sua vida defendeu com inteligência e perspicácia o seu povo da invasão romana, pereceu não no campo de batalha, mas por traição, sendo pois um símbolo da liberdade.
N’”Os Lusíadas” aparece como um símbolo das capacidades do povo lusitano, valentia e inteligência, que o povo português herdou (“…alcançando vencimentos / Memoráveis, de herança nos deixaram / Que os muitos, por ser poucos, não temamos…”).
Na “Mensagem”, representa a potencialidade dos lusitanos. Ainda não é português, mas é herói, estando em evidência a passagem da potência para o acto, simbolizada na antemanhã (“Teu ser é como aquela fria / Luz que precede a madrugada, / E é já o ir a haver o dia / Na antemanhã, confuso nada.”). Esta passagem é comparada à potência que se encerra dentro do povo português e é ocasionalmente revelada em heróis.
O próprio nome Viriato dá-lhe um teor heróico. Em latim, viri significa homem, herói, pessoa de coragem, honra e nobreza, e em celtibera, viriae era um bracelete torneado e usado por guerreiros. Em outros dialectos indígenas, nomeadamente o celta, o nome é uma derivação da palavra “homem” e “viril”. Dos feitos, é-lhe dado o nome, e ao nome, alia-se o mito. O homem que foi Viriato, é narrado pel’”Os Lusíadas” e pela “Mensagem” como herói, como ser sobre-humano.
Viriato torna-se então uma representação do que pode e virá a ser o ser português. Os seus feitos são uma antevisão dos grandes feitos portugueses, do Mar na “Mensagem” e da viagem de Vasco da Gama n’”Os Lusíadas”.
sexta-feira, 30 de maio de 2008
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